O setor de venda e aluguel de salas comerciais em São José dos Campos está aquecido. Um levantamento da Associação das Construtoras do Vale do Paraíba (Aconvap) mostra que das unidades prontas ou não, apenas 20% estão disponíveis.
Dois andares, 10 salas, todas alugadas. Ezequiel é empresário do ramo da construção e nos últimos anos percebeu que investir em imóveis comerciais era um bom negócio na cidade. “Comprei o terreno e estava aguardando um maior progresso da região e logo iniciamos a construção das salas comerciais visando essa necessidade do bairro ter novas microempresas. E isso está dando certo tanto para mim quanto para locatários”, afirmou o empresário Ezequiel Mota.
O setor está aquecido. Segundo dados da última pesquisa da Aconvap, entre lançamentos e em construção a cidade tem 1527 unidades de salas comerciais. Dessas, 326 ainda estão à venda. O restante já tem dono. Os imóveis se concentram na zona central e oeste: são 830 na primeira e 697 na segunda.
“Existe uma demanda muito reprimida. Os profissionais mais liberais, as empresas estavam habituadas a ficar em residências então agora eles estão sentindo a necessidade de maior segurança e partindo para esses empreendimentos verticalizados”, explicou Cléber Córdoba, presidente da Aconvap.
O mercado cresce, a valorização aumenta e os preços acompanham essas mudanças. Em determinados empreendimentos, por exemplo, o metro quadrado não sai por menos de R$ 7 mil. No Jardim Aquarius, foi entregue um recentemente um prédio com alguns diferenciais. São 21 andares com salas que podem ter de 50 a mais de 800 metros quadrados. A mais barata custa cerca de R$ 400 mil e elas são entregues sem nenhum tipo de acabamento. Todas têm uma bela vista e heliponto à disposição dos condôminos.
“Com pesquisas e estudos nós chegamos à conclusão que São José comportava e precisava desse apelo, com esse glamour. É um produto que ele você encontra nas grandes metrópoles. Na cidade de São Paulo você vai encontrar na Avenida Brigadeiro Faria Lima, Avenida Paulista”, justifica o diretor comercial Rogério Juliani.
Fonte: G1