Nascido e criado em Rio Claro, o ajudante geral Alexandre Giovani disse que espera há 12 anos por uma casa junto à Prefeitura de Rio Claro.
Ele conta que sua mãe, Irene Brustolin Giovani, tem um cadastro junto à Secretaria de Habitação e que sempre renova o cadastro, mas que até hoje aguarda ser chamada para conseguir a tão sonhada casa própria.
“Chegamos a receber uma carta dizendo que iriam entregar uma casa, mas quando fomos lá na secretaria a casa foi passada para outra pessoa”, fala.
Ele alega que muitos imóveis construídos para projetos habitacionais foram destinados a famílias que nem de Rio Claro são naturais e que acabam vendendo e alugando as casas.
“Vejo várias casas no Terra Nova sendo alugadas e até vendidas. Onde já se viu isso? Pelo que sei, não pode fazer isso. E outra: pessoas que nem de Rio Claro são. Isso é um absurdo”, fala.
Alexandre, que atualmente mora de favor na casa de uma senhora conhecida junto com sua mãe, fala que procurou o Ministério Público para pedir providências para o seu caso.
“Fui orientado a procurar mais pessoas que vivem a mesma situação e vamos todos fazer um material que será enviado à Justiça”, fala.
“Cansei de esperar pela casa própria, queremos uma solução. Sempre que vamos lá na Secretaria falam que vão mandar uma assistente social conversar, mas ela nunca aparece”, reclama.
Em nota, a Assessoria de Imprensa da Prefeitura informa que o cadastro existe em nome de Irene e que existem dois dependentes dela, Alexandre e Marcos, e que foi feito em 2007 (há cinco anos) e atualizado pela última vez em 1º de março de 2011.
A secretaria informa ainda que, depois disso, não há registro de que algum deles tenha passado pelo atendimento na secretaria. “Se tivessem ido (e mesmo se ainda forem lá), teriam sido atendidos, inclusive pela assistente social, que comparece diariamente ao trabalho. Reafirmamos que a política habitacional em curso no município segue alguns critérios, priorizando famílias que tenham filhos menores de 16 anos, que residam em moradias precárias, que tenham idosos entre os membros, deficientes físicos, etc”, afirma a nota.
A assessoria destaca ainda que a família receberá a qualquer momento a visita de técnicos da Secretaria de Habitação. Mas que, no entanto, é útil que eles procurem a Secretaria de Habitação para atualização de dados cadastrais, o que vai facilitar o desenrolar desses processos.
Em Rio Claro, na Secretaria da Habitação, há cerca de 14 mil pessoas cadastradas e interessadas nos diversos programas habitacionais desenvolvidos atualmente no município.
Fonte: JC Rio Claro