PT Diadema descarta repatriar o socialista Gilson Menezes


O vice-prefeito da cidade de Diadema, Gilson Menezes (PSB), não voltará para o PT. O acordo, que estava sendo discutido há dois meses, não avançou porque o socialista exigiu contrapartidas que os petistas não aceitaram.

Gilson queria se manter como vice de Mário Reali (PT) para 2012 e que o partido arcasse com custos de palestras que ele pretende fazer pelo País. Gilson foi o primeiro prefeito eleito pelo PT, em 1982, e tem intenção de detalhar seu mandato para petistas de vários diretórios.

Sobre a primeira exigência, a análise do PT é que não há condições políticas de bancar o vice de Reali neste momento. O prefeito jogou a responsabilidade da indicação à base aliada. PMDB e PCdoB também têm projetos para compor chapa com o petista. O chefe de Gabinete do Paço, Osvaldo Misso (PT), pode surgir como opção para preencher a vaga.

Com relação ao segundo item requerido por Gilson, o pedido foi totalmente rejeitado pelo diretório. Segundo petistas, a legenda não tem condições financeiras para bancar o projeto do vice-prefeito


Gilson disse que, embora as conversas tenham esfriado, as negociações não terminaram. “Não tenho pressa. Estou feliz no PSB e quem mostrou interesse em contar comigo foram eles (petistas).” O socialista negou ter feito exigências para retornar à sigla a qual se desligou após divergências políticas com o ex-deputado estadual José Augusto da Silva Ramos (hoje no PSDB).

Internamente, o político pressiona a cúpula do PSB e também do PT para continuar como vice de Reali. Alguns interlocutores revelaram que se Gilson não for o escolhido poderá até conversar com Zé Augusto, pré-candidato do PSDB à Prefeitura de Diadema.

Em 2007, Gilson e Zé Augusto firmaram acordo para o pleito do ano seguinte. Poucos meses antes do primeiro turno, o socialista – então no modesto PSC – trocou de lado e apoiou Mário Reali.

O presidente do diretório do PT de Diadema, Josemundo Queiroz, o Josa, garantiu que não liderou as negociações para repatriar Gilson. “Tenho o maior respeito pelo Gilson e pelo PSB”, ressaltou.

A migração para o PSD, outra tratativa envolvendo o vice-prefeito, também não deverá se concretizar. Gilson foi convidado extraoficialmente pelo prefeito de São Paulo e presidente eleito da legenda em construção, Gilberto Kassab, mas dificilmente embarcará no projeto por entender que o PSD não terá força política até 2012.


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Michels procura PSB, mas sigla descarta filiar tucano

O vereador Lauro Michels (PSDB), de Diadema, conversou com o presidente do PSB local e secretário de Segurança Alimentar, Manoel José da Silva, o Adelson, para tentar emplacar sua candidatura à Prefeitura pela sigla socialista. O PSB rejeitou intenção de filiar o parlamentar.

“Não tem sentido a gente filiar o Lauro e colocá-lo como candidato a prefeito sendo que temos acordo com o PT. Se não formos vice, lançaremos candidatura própria, sim, mas comigo ou com o Gilson (Menezes, vice-prefeito)”, disse Adelson.

O parlamentar está apalavrado com o PV, mas o partido não vai abraçar candidatura própria ao Paço com o vereador no posto principal. No PSDB, Michels está sem espaço, já que os tucanos irão apostar novamente no ex-deputado estadual e ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos.

Michels garante que não tentará reeleição à Câmara de Diadema e que sua vontade é ser prefeito. Chegou a cogitar até negociar com o gestor de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), para tentar ser vice do chefe do Executivo de Diadema, Mário Reali (PT). Dias depois, após repercussão negativa, recuou.

“Sou jovem, porém tenho história política por trás do meu nome (Lauro Michels, tio do vereador, comandou Diadema entre 1964 e 1969 e entre 1977 e 1982). E tenho condições de ser prefeito”, afirmou o tucano.

Amanhã, o presidente do diretório do PSDB em Diadema, vereador José Francisco Dourado, fará reunião com Michels e com o vereador Márcio Giudicio, o Márcio da Farmácia (PSDB). Fontes tucanas garantem que Dourado dará ultimato aos parlamentares sobre planos para 2012 e convidará ambos a continuarem na legenda.

Fonte: Diário do Grande ABC