O consumidor de Franca está impressionado com o aumento no preço de alguns legumes, nos supermercados e varejões da cidade. Tomate, quiabo, abobrinha, vagem e jiló sofreram, nos últimos 15 dias, reajustes que chegaram a até três vezes o preço normal -caso do quiabo. O aumento é justificado pelas fortes chuvas que atingiram a cidade e as altas temperaturas registradas nos últimos dias.
Ontem, na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo) – onde se comercializa grande parte das frutas, legumes e verduras produzidas na região – o aumento foi drástico. Alguns legumes foram vendidos pelo dobro do preço. Abobrinha e vagem tiveram aumento de 100%. O jiló subiu 125% e hoje o produto é vendida a R$ 45 a caixa. O tomate para salada sofreu reajuste de 57%.
O preço do quiabo foi o que mais variou, segundo o gerente do Ceagesp de Franca, Giovanni Dominici. Na última quarta-feira, o produto foi vendido 233% mais caro que o normal. “O quiabo, que normalmente custa R$ 30 (a caixa), ontem (quarta-feira) chegou a custar R$ 100. Não sei como está o preço nos supermercados, mas compensa comprar carne do que comprar quiabo.”
A analista de vendas Flávia Cristina Barbosa, 26, foi até um supermercado e ficou impressionada com o preço do tomate. Mesmo assim, não deixou de comprar o produto, que segundo ela já esteve mais alto. “Fazia alguns dias que eu não vinha comprar no supermercado. Está caro, mas já esteve pior. Não sei se é por causa do tempo, que prejudica a plantação, mas os legumes já foram mais baratos.”
O preço é o principal fator observado pelo consumidor. O cafeicultor Michel Paulo de Andrade, 32, saiu de Ibiraci (MG) para comprar em um supermercado de Franca, pois, segundo ele, o preço é mais convidativo. “Geralmente, faço uma compra por mês. Então para mim compensa.”
Para Ricardo Patrocínio, um dos proprietários da rede de supermercados Irmãos Patrocínio, os preços altos não são motivo para grande preocupação ao consumidor, pois frutas e legumes são muito sensíveis a questões climáticas e o preço cobrado, atualmente, é passageiro. “O calor e a chuva forte prejudicam os legumes de árvore, como abobrinha e jiló.”
Além do preço alto, o empresário admite que os produtos também estão mais “feios”. Legumes com sistema de irrigação infiltrada, aguados por baixo, sofrem mais com a chuva. “É só chover demais que acontecem esses problemas. A vagem e o jiló, por exemplo, não estão verdinhos e bonitos. Chegam todos cheios de manchas. O ruim é isso, além de cair a qualidade, ainda aumenta o preço.”
Fonte: G1