Nascido em 1997 da união de vizinhos do bairro Vila Paulista, em Rio Claro, o Grupo de Apoio à Criança com Câncer (Gacc) tornou-se referência no acompanhamento de pacientes em tratamento oncológico e hematológico no município e em outras cidades da região.
A entidade na cidade de Rio Claro, que atende mais de 60 pessoas, oferece atividades gratuitas, como aulas de informática e de música, e presta assistência durante o tratamento médico. “Nós levamos as crianças para fazer tratamento na região, em Campinas, São Paulo, Barretos e Jaú. Todas essas viagens e custeios são encargo do Gacc fazer isso para as famílias”, disse Roger Rocco, gerente do Gacc.
Doações e eventos cobrem 60% dos custos da instituição. O restante vem de convênios com o poder público e uma fundação particular, mas, segundo Rocco, ainda é pouco. “Quanto mais a gente oferecer para a criança, quanto melhor pudermos fazer para eles, mais fácil eles passam por esse período de tratamento que enfrentam”, declarou.
Segundo a psicóloga Aérica Menezes, a ajuda faz diferença na vida não só do paciente, mas de todos que enfrentam o câncer. “A família também fica angustiada com a espera e com o prognóstico, então a gente achou necessário atender também o núcleo familiar dessa criança”, explicou.
O grupo tem 15 funcionários e 50 voluntários cadastrados. Eles dedicam boa parte do dia às crianças e adolescentes. “Para mim é muito bom. É uma alegria poder ajudar alguém”, contou a voluntária Cleide Zampim da Silva.
Em 2004, a voluntária Neusa Romeiro Inforzato apresentou um projeto para ensinar música no Gacc. A ideia foi aprovada e três vezes por semana ela está na instituição.
“Eu acho que ser voluntário é dividir dom. Você já tem aquilo, não custa nada dividir”, afirmou Neusa.
Gratidão
A dona de casa Zulmira Lino de Carvalho sabe como essa ajuda é fundamental. Ela passou por momentos difíceis quando os médicos descobriram que a filha dela estava com um tumor na região do tórax.
Segundo Zulmira, sem o apoio do grupo a luta seria maior. “Eu não sabia nada sobre o câncer, achava que a minha filha ia morrer, que era uma doença terrível. O Gacc me apoiou com assistente social, com psicóloga e outras mães que já estavam passando por isso me ajudaram. Faz uma diferença muito grande”, contou.
Com a filha curada há sete anos, Zulmira é grata pela assistência que recebeu. “Falo que devo a vida da minha filha a Deus e depois ao Gacc, que me ajudou muito”.
Fonte: G1