Moscas de cemitério atormentam moradores ‎em Diadema


Nem mesmo um processo instaurado há dez anos pelo Ministério Público de guia da cidade Diadema conseguiu resolver o problema dos moradores  da Alameda da Saudade, no Jardim Elisa, em Diadema. Os moradores vizinhos ao Cemitério Municipal reclamam da invasão de moscas decompositoras de cadáveres, que infestam as casas, principalmente nos dias quentes.

O problema, que ocorre há 20 anos, tornou-se verdadeiro tormento desde a construção do cemitério vertical, há uma década. “Como as gavetas ficam direcionadas para as casas, os insetos entram nas residências. São pequenas moscas, além de besouros”, reclama a dona de casa Helena Okita, 51 anos.

Moradora do bairro há 20 anos, Helena revela que o problema piora com o calor. “Nos dias quentes é um verdadeiro inferno. As moscas pousam na comida, não podemos deixar restos nos pratos, panelas descobertas, janelas abertas.” As telas não resolvem, já que os mosquitos são pequenos.

A desempregada Débora Teixeira, 24, mantém um tubo com veneno à mão, permanentemente. “Uso o tempo todo, mas parece que essas moscas não morrem”, conta. A dona de casa Isabel do Carmo, 56 anos, gasta um frasco de veneno a cada três dias. Mesmo assim, a guerra contra os insetos parece perdida.


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“Já tentei de tudo, comprei citronela, uma planta que dizem espantar moscas, coloquei cortinas nas janelas, espalho veneno pela casa. Nada adianta”, afirma. As flores depositadas nos túmulos pelos visitantes também atraem mais insetos.

INQUÉRITO
Cansados de apelarem por providências da Prefeitura de Diadema, os moradores conseguiram a instauração de inquérito civil no Ministério Público da cidade. Procurada pela equipe do Diário, a promotora Cecília Maria Denser de Sá Astoni, responsável pelo processo, não quis se pronunciar. A única informação é de que o inquérito ainda permanece em análise.

A Prefeitura de Diadema não respondeu aos questionamentos da reportagem.

Fonte: Diário do Grande ABC