Empresário é sequestrado e achado morto horas depois em Diadema


O dono de uma loja de carros de luxo foi sequestrado na zona sul de São Paulo e morto em Diadema, no ABC. A polícia não descarta que pode ter sido um sequestro que deu errado, mas também acredita que pode ter sido um crime encomendado. O crime está sendo investigado pela polícia de Diadema e pela Delegacia Anti-Sequestro.

O empresário Alecsandro da Silva Gomes, de 38 anos, foi assassinado 12 horas depois de ter sido sequestrado. Ele foi levado de dentro da loja de carros de luxo da família, na tarde de segunda-feira.

A ação dos bandidos foi gravada pela câmera de segurança da rua. As imagens mostram os criminosos se identificando como policiais e dizendo que estão fazendo uma investigação. Eles são levados para a parte de cima da loja, onde está o empresário. Os bandidos entram no escritório, dois deles usam coletes a prova de balas. Quando saem, um leva o computador. Segundo a polícia, a quadrilha pensava que as imagens do sistema de segurança só ficavam ali.

A gravação mostra ainda um bandido levando Alecsandro algemado. O último criminoso fica ainda mais 2 minutos e 20 segundos no escritório. Depois, sai correndo para alcançar os que já estão do lado de fora. Vinte segundos depois, um funcionário e o irmão do empresário saem juntos, em um carro preto, tentando seguir os bandidos. Os criminosos ligaram nove vezes para a família pedindo resgate.


O corpo do empresário foi encontrado a 15 quilômetros do local do sequestro, em uma rua sem saída de Diadema. Ele estava com um capuz e com as mãos algemadas. Próximo ao corpo, a polícia encontrou cápsulas de pistola e fuzil. O empresário foi morto com quatro tiros. Vizinhos dizem ter escutado os tiros.

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Segundo o delegado que investiga o caso, Nelson Canelói, Alecsandro pode ter sido morto porque reagiu. “Acredito que meliantes devem ter ficado com ele no veículo, rodando e negociando com família. Acredito que a vítima pode ter reagido também”, diz.

O empresário foi enterrado hoje de manhã. Ele era casado e pai de dois filhos. “Ele nunca fez mal a ninguém. Se preocupava com o próximo. Vai deixar saudade”,  diz Thiago Solano de Oliveira amigo da família.

“A gente está partindo da linha de que foi um homicídio travestido de sequestro, mas eu não descarto também que possa ter sido uma quadrilha de sequestradores que, eventualmente, por algum motivo que foge dos padrões matou a vítima”, explica o delegado da Divisão Antissequestro, Carlos Castiglioni.


A polícia acredita que o empresário nunca foi levado para nenhum cativeiro e que os bandidos ficaram rodando com ele por várias horas. Segundo a polícia, os criminosos insistiam para que o irmão do empresário fizesse o pagamento do resgate. Ele estava no telefone, falando com os bandidos, quando ouviu os tiros que mataram Alecsandro.

Fonte: Jornal Hoje