Diadema inaugura Centro de Triagem, Transbordo e Reciclagem de Resíduos


A Prefeitura de Diadema inaugurou o Centro de Triagem, Transbordo e Reciclagem de Resíduos, no bairro Inamar, reformado e adaptado. Agora, o lixo doméstico que era despejado a céu aberto no local antes de ser levado ao aterro Lara, em Mauá, será manuseado dentro de galpão fechado, sem poluir solo e ar. As novas instalações do espaço tiveram custo de R$ 5,3 milhões, sendo R$ 3,5 milhões financiados pela Caixa Econômica Federal e R$ 1,8 milhão de contrapartida municipal.

Antes das obras, o equipamento tinha apenas 400 metros quadrados de área coberta. Atualmente, conta com 2.900 metros quadrados de área construída. O espaço recebe, em média, 315 toneladas de resíduos domiciliares diariamente, totalizando 9.000 toneladas por mês. A maior parte deste material ficava exposto ao ar livre.

Agora, o veículo coletor que recolhe o lixo nas residências da cidade fará a transferência do material a outro caminhão com capacidade de carga maior, por meio de desnível de 4,5 metros no solo, dentro do galpão. Quando a a caçamba é preenchida, os resíduos são levados imediatamente ao aterro de Mauá, que fica a 30 quilômetros dali. Em cada viagem, são transportadas cerca de 27 toneladas de resíduos.

“O que, anteriormente, era despejado no chão, agora é feito nas carretas. O principal é o ganho ambiental. Não teremos em hipótese alguma contaminação de solo como tinha antes. Isso é um fator primordial. Sem contar a melhoria na operacionalidade”, disse Romildo Kamura, diretor do departamento de limpeza urbana do município.


Além da área para transbordo, funciona no local ecoponto e o Centro de Triagem de Materiais de Reciclagem.Ali, em parceria com a Prefeitura, trabalha cooperativa de 54 catadores. O objetivo é dobrar o número de cooperados até o fim do ano, com a ampliação do serviço e a criação de outro centro de separação, no bairro Taboão.

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A estrutura possui filtros para eliminar odores. “Através de sistema de sucção, o ar é filtrado e expelido para fora”, explicou Kamura. O galpão também conta com reservatório com capacidade de 160 mil litros para captar água de chuva, que será reutilizada na lavagem da própria estação.

O líquido resultante das limpezas será enviado a uma estação de tratamento construída no local, para evitar a formação de chorume (poluente de cor escura e cheiro forte originado de processos biológicos, químicos e físicos da decomposição de resíduos orgânicos) e contaminação do lençol freático. Após o tratamento, os resíduos serão despejados na rede de esgoto.

A vizinhança comemorou as mudanças realizadas no espaço. “Isso muda bastante para a gente. Antes, tínhamos de aguentar cheiro de carniça todos os dias, com urubus voando por aqui. Agora, isso tudo não existe mais”, afirmou Josué Madeira, 45 anos, morador do bairro.


Fonte: Diário do Grande ABC