Caixas d’água, colchões, restos de construção civil, madeiras e podas de árvores. Nada disso pode ser jogado no lixo comum que a Prefeitura recolhe todos os dias. Por isso, a cidade de Diadema criou o projeto Diadema de Cara Limpa, que recolhe este tipo de material.
“O projeto é muito bom, mas ele não está sendo feito corretamente. Não estão cumprido o cronograma”, afirma o aposentado João Desiderio.
No bairro do Taboão, a coleta deveria ser ter sido feita na semana passada, segundo cronograma disponível no site da Prefeitura. Mas somente ontem, quando a equipe foi até o bairro e cobrou a Prefeitura, os trabalhos de limpeza começaram. A previsão é que todas as ruas do bairro sejam limpas hoje.
Como a Prefeitura estava demorando para recolher, alguns catadores de materiais recicláveis ajudavam. “Quando tem alguma coisa que interessa para ser reciclado, que vai dar dinheiro, alguém para aqui e leva”, contou a comerciante Anir Maria de Assis, 58 anos.
Os moradores têm várias reclamações sobre os mutirões que o município programou realizar em toda a cidade. O líder de equipe industrial Amaro Marques de Góes, 52, criticou a Prefeitura por informar as pessoas sobre a retirada e depois não recolher. “Eles disseram que viriam para retirar o entulho. A gente colocou tudo na rua e nada. Isso já faz dez dias. Pode juntar bichos nas casas”, disse.
“Fica feio para quem vem aqui. Eu estou de férias há uma semana e estou vindo todos os dias na casa da minha tia, mas está muito sujo. Dá até medo passar”, criticou a operadora de caixa Franciele Soares Pereira, 43.
A Prefeitura de Diadema esclareceu que o atraso ocorreu pela grande quantidade de material que a população está descartando. Desde o início da campanha, em abril, até ontem foram recolhidas cerca de 3.300 toneladas.
De acordo com o Executivo, o cronograma será mantido e hoje o bairro Casa Grande recebe as equipes de limpeza na cidade Diadema.
Fonte: DGABC