Um roubo seguido de seqüestro relâmpago pode ter resultado no brutal assassinato do comerciante José Natalino Feliciano, de 63 anos, desaparecido desde que foi seqüestrado na noite de segunda-feira (9) no Jardim Sandra, em guia da cidade Mairiporã. A vítima, que estava na casa dela em companhia de um casal de amigos, foi espancada durante o roubo.
Segundo o casal, que permaneceu com pés e mãos amarrados e a cabeça encoberta durante a ação, o crime foi cometido por três homens armados de espingarda calibre 12 e de revólveres .
Os assaltantes roubaram R$ 20 e celulares das vítimas, além do Renault Twingo de Feliciano. O carro foi incendiado.
De acordo com o investigador-chefe da Polícia Civil de Mairiporã, Marcos Kiapine, alguns depoimentos já foram tomados, mas ainda não há suspeitos do crime.
“Prosseguimos com a investigação sobre o seqüestro. Quanto ao encontro do corpo carbonizado, familiares da vítima estiveram no IML de Bragança Paulista para fornecer material para exame de DNA”, disse.
“A vítima desaparecida é proprietária de uma serralheria no Bom Retiro, em São Paulo onde também morava. A chácara de Feliciano em Mairiporã é na zona rural e ele ia com certa freqüência para lá. O casal de amigos seria contratado para trabalhar na chácara. A moça como empregada e o homem, caseiro”, esclareceu Kiapine. “No momento do assalto, os três jogavam dominó na varanda da frente da casa”, concluiu.
O casal já foi ouvido, mas o investigador não adiantou qualquer detalhe para não atrapalhar as investigações. Familiares do comerciante Feliciano devem fazer levantamento no imóvel para verificar o que foi roubado da casa.
LATROCÍNIO
Além do seqüestro, outro crime abalou Nazaré Paulista nesta terça-feira. Um casal de lavradores foi assassinado a tiros, no bairro Moinho, também zona rural.
José Matusalem, de 64 anos e a esposa dele, Ana de Souza Matusalem, de 61, foram localizados no período da manhã por familiares. Os corpos estavam no quarto e na sala e a porta da cozinha foi arrombada. A polícia ainda não sabe se trata-se de duplo homicídio doloso ou de latrocínio (matar para roubar). Não há informações se algo foi roubado.
Nesta tarde, equipes da DIG, a Delegacia de Investigações Gerais da Seccional de Bragança Paulista estiveram em Nazaré Paulista para ajudar na investigação.
“A região bragantina tem 16 municípios e os policiais da DIG seguem para apoiar na investigação”, disse o delegado seccional Marcelo Fábio Vitta.
Segundo o policial, os casos de mortes foram os primeiros registrados na área de abrangência da Seccional Bragantina em 2012.
“Vamos apoiar o trabalho da polícia de Nazaré e também de Mairiporã, já que o caso teve início lá e o veículo foi encontrado na nossa área”, concluiu Vitta.
Fonte: AtibaiaNews