A Câmara Municipal de Diadema pagou oito multas de trânsito do gabinete do ex-vereador Pastor Edmilson Cruz (PMDB) que deveriam ser quitadas pelo parlamentar. Ao todo, o Legislativo desembolsou R$ 612,92 para saldar os débitos do peemedebista, que corre risco de ser inscrito na dívida ativa da Prefeitura de Diadema.
A maioria das infrações de trânsito foi cometida em São Paulo e é referente ao descumprimento do rodízio na Capital. As notificações foram endereçadas ao ex-vereador, que não amortizou a dívida antes de deixar o mandato, em 31 de dezembro.
Semana passada, Edmilson endereçou R$ 600, por meio de vereadores próximos, para a presidência do Legislativo para evitar que seu nome fosse parar na dívida ativa da Prefeitura.
Pastor Edmilson não conseguiu se reeleger em outubro. Com 2.039 votos, ele ficou como primeiro suplente da coligação PMDB-PRB-DEM, que emplacou dois vereadores: Cida Ferreira (PMDB) e Pastor João Gomes (PRB).
O peemedebista não foi localizado para comentar o caso. Até mesmo a própria direção da Câmara teve dificuldades em contatar o ex-vereador, que se mudou de Diadema. Ele agora reside no Nova Petrópolis, bairro nobre próximo ao Centro de São Bernardo.
Diretores do Legislativo também enfrentaram resistência para reaver equipamentos da Casa na cidade de Diadema utilizados pelo ex-parlamentar, como notebook, celular corporativo e tablet. Ele devolveu os aparelhos somente em março.
Edmilson se elegeu vereador pela primeira vez em 2004, pelo antigo PL (hoje PR) e com apoio integral da Igreja Universal, recebendo 4.744 votos – melhor performance entre os candidatos ao Legislativo no pleito daquele ano.
Na ocasião, ele se tornou um dos protagonistas da eleição majoritária. No primeiro turno, esteve no arco de alianças do tucano José Augusto da Silva Ramos, mas optou por apoiar José de Filippi Júnior (PT) no segundo turno.
O petista venceu José Augusto por 554 votos na etapa final da eleição mais disputada da história da cidade de Diadema.
Durante a gestão de Filippi, Edmilson se tornou secretário de Abastecimento, cargo que ocupou até 2007. Em 2008, já pelo PRB, foi reeleito com 4.596 votos, quinta melhor marca da legislatura.
Porém, durante o mandato, se desentendeu com líderes da Igreja Universal, que sempre ancorou seu desempenho político, e do PRB e se transferiu para o PMDB.
Fonte: Diário do Grande ABC