De acordo com historiadores esportivos, o rúgbi foi introduzido no Brasil no final do século 19 quase simultaneamente ao futebol.
Almanaques relatam que Charles Miller, um dos precursores do mais popular esporte no país, também foi exímio praticante do “primo pobre” do futebol. Apesar de não ser tão conhecido do grande público brasileiro, o rúgbi vem crescendo de forma bastante dinâmica em nosso país.
Considerado um esporte com fortes valores, como garra, lealdade, solidariedade e espírito de equipe, desenvolveu-se no meio universitário e é praticado em 21 dos 26 estados brasileiros.
Em Rio Claro não é diferente. A prática desse esporte acontece assiduamente na cidade desde 2004, também no meio universitário. O pontapé inicial foi dado na Unesp (Universidade Estadual Paulista), em 1991, quando o professor chileno Daniel Tapia criou o primeiro time na cidade como projeto de extensão.
Treinando no Centro de Treinamento e Aperfeiçoamento Físico desde a sua inauguração, no final de setembro de 2010 os Ornitorrincos, atualmente com 24 atletas, participa de competições da federação Paulista de Rugby, sendo uma dela, a série B do Paulista, da Liga do Interior Paulista de Rugby (LIPAR), e na primeira fase o time rio-clarense ficou em terceiro lugar e agora disputa a segunda fase da Taça Ouro.
Além da participação em competições, os jogadores fazem o famoso “boca a boca”, uma maneira informal de divulgar o esporte em conversas. O resultado não poderia ser diferente e o crescimento foi eminente. Em 2010, a equipe tinha 15 praticantes e, hoje, conta com 24.
“Conseguimos sair do sufoco, mas ainda necessitamos de jogadores. O ideal seria 30, pois formaríamos duas equipes, possibilitando evoluir internamente, tendo reservas, forçando os titulares a treinarem e melhorarem ainda mais”, explica Antonio Milhomens Neto, o Miles, jogador desde 2007, treinador e vice-presidente da equipe.
Além do time Adulto, os Ornitorrincos contam também com um time feminino e um Sub-18, ambos em formação. Para Miles, a prática do esporte na cidade deve aumentar ainda mais após a inclusão do rúgbi nas Olimpíadas de 2016, que serão disputadas na cidade do Rio de Janeiro.
“O esporte terá maior visibilidade em todo o país, inclusive aqui em Rio Claro. Espero por um crescimento além do imaginado”, diz.
Apesar do crescimento, o esporte ainda sofre preconceitos que afetam sua prática.
“A falta de conhecimento impera tanto na divulgação, como na prática. O rúgbi geralmente é mal interpretado. As pessoas pensam que é um esporte violento, em que prevalece a força, mas é mais fácil você se machucar jogando futebol ou lutando MMA, do que jogando rúgbi. Este é um esporte com alto rendimento, no qual o coletivo é realmente necessário e muito disciplinador. O respeito é intenso, tanto é que todos se chamam de senhores, independentemente da idade. Costuma-se dizer que é um esporte de cavalos praticados por cavalheiros”, diz.
Para conhecer a prática do esporte e os membros da equipe, basta comparecer a um dos treinamentos que são realizados às quartas-feiras, das 19 às 21 horas, e aos sábados, das 14h30 às 17 horas, no CT, na Avenida 23, entre as ruas 5 e 6, no bairro Cidade Jardim. Mais informações pelo telefone 9825 2111, falar com Antônio.
Fonte: Canal Rio Claro