Alguns postos de saúde do Alto Tietê, na região Metropolitana de São Paulo, ficaram sem as doses de algumas vacinas que fazem parte do calendário nacional. Segundo a Secretaria de Saúde de Mogi das Cruzes, a falta ocorreu por causa de um atraso no repasse do Ministério da Saúde para a Secretaria Estadual de Saúde. Das dez cidades apenas duas, Mogi das Cruzes e Biritiba Mirim, registraram efetivamente a falta da pentavalente e a VIP (vacina inativada contra poliomielite).
Os municípios de Poá, Arujá, Santa Isabel, Suzano, Guararema e Salesópolis não sofreram com a falta de nenhuma dose, segundo as secretarias municipais de Saúde. Em Ferraz de Vasconcelos e a cidade de Itaquaquecetuba os estoques estão em baixa, e pode haver falta em alguns postos por conta do tempo de entrega.
A sala de vacinas de Biritiba Mirim informou a reportagem que já foi feito o pedido das doses em falta, e que o prazo de recebimento é do dia 15 de janeiro em diante.
Em nota a Secretaria Municipal de Sáude de Mogi das Cruzes informou que a distribuição deve ocorrer até o final desta semana em todas as unidades. A orientação é de que antes de ir aos postos de saúde, os pais liguem nas unidades mais próximas de sua residência ou diretamente para a Vigilância Epidemiológica Municipal, que atende pelo telefone 4798-6769.
Na maioria das cidades, as vacinas começaram a ser distribuídas aos postos de saúde na manhã desta segunda-feira (14). A Pentavalente protege as crianças contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite, enquanto que a VIP (vacina inativada contra poliomielite) é uma dose injetável de vacina contra a paralisia infantil.
O posto de saúde da Vila Suíssa, em César de Sousa, Mogi das Cruzes, teve problemas com as vacinas na manhã desta segunda-feira (14). Já na parte da tarde, as mães que iam até a unidade encontravam as doses da pentavalente e da VIP disponíveis. A funcionária pública Simone Araújo levou o filho Gabriel de 5 meses até a unidade e não teve problemas “Vim atualizar a carteirinha de vacinação do meu filho e foi tudo tranquilo. Ele tomou a pentavalente, a rotavírus e a VIP.”
Segundo uma funcionária da unidade, o posto não chegou a ficar nem uma semana sem as doses das vacinas.
O Ministério da Saúde foi procurado pela reportagem para informar os motivos do atraso. Um e-mail foi encaminhado à assessoria de imprensa por volta das 15h40 questionando os problemas com as vacinas. Porém, até as 18h a redação não teve retorno por parte do Ministério da Saúde.
Fonte: G1