O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), vai construir um terminal de ônibus para integração de transporte em Diadema. A obra faz parte da duplicação da Avenida Samuel Aizemberg, que faz parte do corredor Leste-Oeste. Para a realização da obra será feito convênio de integração entre os dois municípios. Marinho anunciou o projeto ontem, em seu gabinete, durante reunião com o chefe do Executivo de Diadema, Lauro Michels (PV).
Quando estiver pronto, o terminal integrará Diadema com a Linha 18-Bronze do Metrô, que ligará a Estação Tamanduateí, na Capital, até à Estação Djalma Dutra, próxima à Avenida Prestes Maia, na cidade de São Bernardo.
A duplicação e o terminal custarão R$ 260 milhões, sendo R$ 204 milhões de aporte do governo federal e R$ 56 milhões de contrapartida do município. Segundo Marinho, a previsão é que a intervenção comece neste ano. “Estamos tramitando o projeto (de duplicação da Avenida Samuel Aizember) na Caixa (Econômica Federal) para ter condições de soltar a licitação ainda neste ano”, projetou o petista.
Lauro aprovou a iniciativa de Marinho. “É uma obra importante, que beneficiará as duas cidades”, disse o verde. Ainda não há um local definido, mas o terminal de ônibus deve ser construído na região do Jardim Inamar, em Diadema. Os dois prefeitos vislumbram discutir futuramente a possibilidade de integração tarifária entre os dois municípios no terminal. “Esse é um processo mais amplo, que envolve o governo do Estado”, discorreu o petista.
A parceria entre os dois municípios também está estendida ao processo de canalização do Córrego Canhema, na divisa entre as cidades. Por meio de outro convênio, São Bernardo removerá as famílias que moram na beira do córrego e a Prefeitura de Diadema será responsável pela obra, prevista para começar neste ano, ao custo de R$ 19,1 milhões, sendo R$ 16,4 milhões do PAC 2 (segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento) e R$ 2,7 milhões de contrapartida da administração.
Na reunião, os prefeitos definiram que vão realizar vistorias conjuntas em outras obras realizadas nas divisas entre os dois municípios, como a canalização do Ribeirão dos Couros, que já está em andamento. “Vamos acertar as agendas para isso”, ponderou Lauro.
USINA DO LIXO
Durante o encontro, Marinho apresentou para Lauro o projeto da usina do lixo, que será construída no local onde funcionava o antigo lixão do Alvarenga.
A previsão é que passe a funcionar no segundo semestre de 2015, produzindo energia através da incineração do lixo, com capacidade para gerar até 30 megawatts de energia por hora.
O gestor público diademense gostou do projeto e disse que vai avaliar a possibilidade de encaminhar dejetos de sua cidade para a usina. “Nossas equipes técnicas (das duas prefeituras) vão fazer estudos para avaliar essa possibilidade”, disse.
Atualmente, o lixo de Diadema é encaminhado para o aterro particular Lara, em Mauá. A administração gasta por mês R$ 1, 470 milhão entre coleta, transporte na cidade de Diadema e descarte do material.
Fonte: Diário do Grande ABC