Quase um mês depois de sofrer um infarto, o porteiro Francisco Valderi de Almeida, 64 anos, espera sem informações, a marcação do exame de Cateterismo.
Internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no dia 20 de janeiro e liberado para o quarto no último dia 4, Valderi continua internado no Hospital na Cidade de Diadema, em Piraporinha, sem previsão exata de quando fará o diagnóstico, que é essencial para avaliar a gravidade do acidente cardíaco no paciente. “Desde o dia que meu pai deixou a UTI (4), eu só consegui falar com o médico na terça-feira (12). No hospital (de Piraporinha) ninguém me passava informações, apenas me diziam que o médico iria avaliá-lo em breve para saber se haveria necessidade de fazer o Cateterismo, mas o clínico demorou para chegar”, reclamou a filha do porteiro, Verônica Almeida.
A moça destaca que, apesar de seu pai ter saído da UTI, o medo de ele ser vítima do infarto novamente é grande. “Me sinto com as mãos atadas, me sinto meio assim, sem ter o que fazer, já procurei a Secretaria de Saúde de Diadema e disseram que não poderiam fazer nada, pois esse procedimento só é feito no Hospital Mário Covas, na cidade de Santo André”, disse.
Semana que vem
Questionada, a Prefeitura de Diadema confirmou que, por ser de alta complexidade, o Cateterismo é feito apenas no Mário Covas, mas que apenas na semana que vem o procedimento deve ser agendado. “O paciente recebeu avaliação médica/cardiológica com indicação para realização de Cateterismo. Por se tratar de um procedimento de média/alta complexidade, não realizado no município, a Central de Regulação de Vagas da cidade solicitou vaga para realização do exame em hospital de referência regional”, afirmou a administração, em nota.
O Hospital Mário Covas, por sua vez, afirmou que recebeu a solicitação da prefeitura para a realização do exame somente anteontem (13), justamente no dia em que a reportagem procurou a administração diademense. Em nota, a Secretaria estadual de Saúde informou ainda que o paciente só não fez o exame ainda “devido aos resultados apresentados por outros exames de ureia e creatinina enviados pelo Hospital de Piraporinha”. “Não há fila de espera para o procedimento de Cateterismo, ainda assim o Hospital Mário Covas, como todo hospital público ou privado, sempre prioriza casos de urgência e emergência para todos os tipos de atendimento”, afirma a nota.
Fonte: Rede Bom Dia