A maioria dos estudantes diz ter algum amigo ou conhecido que já bebeu e dirigiu ou até fez escândalo. “Minha amiga bebeu tanto que esqueceu o que estava fazendo e onde estava”, disse Rafaela de Oliveira Hanri Vieira, 14, aluna do 9º ano da Escola Estadual João de Melo Macedo, na Vila Marques. “Tento conversar a respeito disso com ela, mas até agora não deu tanto resultado.”
O tema da história escrita por Joyce Garcia Lima Felix, 14, também foi a direção. “Era um menino que perdeu o irmão e o pai em um acidente de moto porque estavam bêbados.” Um caso parecido aconteceu com um amigo, que bateu em poste justamente por estar dirigindo alcoolizado.
A aluna do 8º ano conta que não é difícil para o jovem conseguir comprar bebida alcoólica. “Qualquer amigo de 18 anos pode comprar por eles. Conheço muita gente menor de idade que bebe e que faz exatamente isso.”
O maior problema para Laura Nicolle Fernandes Silva, 14, são as vítimas dos acidentes. “São pessoas totalmente inocentes, que não têm nada a ver com os motoristas bêbados, e que, às vezes, acabam perdendo a vida por estarem na hora errada e no lugar errado.”
Já Pablo Alves Martins, 17, abordou as perdas que um alcoólatra enfrenta ao longo do vício. “Uma pessoa que tem vida boa pode começar perdendo os bens materiais, como carro e casa, e acabar abandonado pela família”, contou o estudante do 9º ano.
As redações serão aplicadas na cidade até sexta-feira. O prêmio para o vencedor do concurso literário promovido é uma bolsa de estudos na USCS (Universidade Municipal de São Caetano), co-realizadora da iniciativa. Prêmios como computadores, televisão e bicicleta também serão distribuídos. Esta é a 6º edição do evento, que conta com parceria do governo do Estado de São Paulo e apoio da Ecovias.
Fonte: Diário do Grande ABC