Novos imóveis em Botafogo estão entre os mais valorizados da Zona Sul


A história de Botafogo e do próprio Rio de Janeiro se misturam. O bairro recebeu pela primeira vez o status de nobreza com a chegada da família real portuguesa, em 1808. Abrigar a Enseada de Botafogo e os morros da Urca e do Pão de Açúcar também são alguns motivos que colaboraram para a preservação desse título e por atrair a construção de tantos empreendimentos na região.

O Pão de Açúcar, principal cartão postal da cidade, já recebeu a visita ilustre do cientista Albert Einstein, do ex-presidente dos Estados Unidos John Kennedy, do cantor inglês Elton John, além de ter sido locação, em 1979, de cenas do filme 007 Contra o Foguete da Morte, com o ator Roger Moore como James Bond.

Agregar tamanha expressividade faz o bairro ser o lugar onde mais se constrói na Zona Sul do Rio de Janeiro. Nos últimos três anos, 25 empreendimentos residenciais foram lançados e totalmente vendidos, segundo pesquisa realizada pela Lopes Imobiliária. A valorização local também foi registrada por ali. O preço do metro quadrado sofreu um aumento de 77,62%, saltando de R$ 7.349, em 2009, para R$ 10 mil, dias de hoje.

Outro segmento valorizado foram os imóveis de quatro dormitórios, no Morro Santa Maria, quando inaugurada a primeira UPP, em dezembro de 2008. Antes, nesse período em 2005, custavam R$ 451.315 e passaram a valer no ano passado R$ 1.449.691.


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Apesar de transitar diariamente uma média de 42 mil veículos/dia pelo bairro, as casas no Botafogo ainda são presentes e marcam o interesse por tornar o local mais residencial. Galpões e garagens cedem espaço para prédios verticais.

O bairro atrai ainda muitos moradores em busca de imóveis para alugar, conforme tendência no Rio de Janeiro nos últimos dois anos, provocando uma demanda de 40%.  Em Botafogo, a média dos preços de locação para apartamentos de quatro dormitórios em agosto de 2008 cresceu 110,5% em comparação com o mesmo período deste ano, passando de R$ 2.265, para R$ 4.768.

Segundo o vice-presidente do Sindicato de Habitação da cidade do Rio de Janeiro (Secovi-RJ),  Leonardo Schneider, “a escassez de imóveis acaba levando os inquilinos a alugarem por mais do que se propunham a pagar. Os preços, assim, acabam subindo”.

“Durante um bom tempo, alugar um imóvel não era considerado um bom investimento porque as aplicações nos fundos de renda fixa davam rentabilidade maior. Mas esse cenário está mudando. Além disso, as mudanças na Lei do Inquilinato dão maior segurança a quem põe o imóvel para alugar”, conclui.